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Fushimi-Inari Taisha e o incrível corredor de torii vermelhos

Fushimi-Inari Taisha é um dos mais importantes e bonitos santuários xintoístas japoneses dedicados a Inari, o deus do arroz. Com origem no ano de 794, é lá onde fica o famoso e muito fotografado corredor com mais de 30 mil torii vermelhos, conhecido como Senbon Torii. Por estar localizado próximo ao centro de Kyoto, sem dúvida alguma vale reservar uma manhã para conhecer e tirar muitas fotos desse lindo lugar sagrado.

Saindo da estação central de Kyoto, deve-se pegar um dos trens da JR Nara Line – que saem a cada 15 minutos – e saltar na Inari Station (a passagem custa 140 ienes/pessoa). São apenas 7 minutos de viagem. Quem tiver o Japan Rail Pass não paga nada a mais pelo trajeto.

É muito importante anotar uma dica para evitar o que aconteceu conosco: fique atento ao tipo do trem, pois somente o Local Train (ou trem parador) pára em Inari. Sem saber disso, pegamos o Rapid Train, que teoricamente é mais rápido, e tivemos que parar em uma estação posterior para trocar de trem e voltar. Uma viagem que duraria 7 minutos, acabou demorando 20! Olha a nossa cara de felicidade…

Saindo da estação de Inari, após 2 minutos de caminhada, chega-se ao santuário, cuja entrada é marcada por um imenso e lindo torii vermelho. Torii é o nome dado ao portão tradicional japonês, ligado à tradição xintoísta, que indica a entrada ou proximidade de um santuário.

Fushimi-Inari é repleto de estátuas de raposas (kitsune), consideradas mensageiros de Inari. Algumas carregam na boca uma chave, que representa a chave do celeiro de arroz.

Próximo à entrada encontramos banquinhas para venda de amuletos e das tradicionais plaquinhas de madeira chamadas Ema. Encontradas nos templos budistas e santuários xintoístas, servem para que as pessoas escrevam desejos e agradecimentos e as pendurem nos suportes ali existentes. É claro, que eu não poderia deixar de comprar e pendurar a minha!

O desenho e o formato das Ema podem variar de acordo com o templo, o santuário ou com o período do ano. Junto das Ema é comum encontrarmos os lindos origamis de Tsuru (“Ave Sagrada” no Japão, o mais famoso dos origamis), levados pelos visitantes que procuram ter seus desejos atendidos.

No caminho para o tão esperado corredor de torii, passamos por algumas edificações que merecem um minutinho da sua atenção. Seguindo a tradição local, jogue uma moeda na caixa, bata palmas por duas vezes e faça uma pequena oração.

Quem tiver coragem, pode tentar a sorte no Omikuji, também conhecido como “papéis da fortuna”. Geralmente vendidos a 100 ienes, esses papéis trazem mensagens de sorte ou azar. Como já explicado no post sobre o Templo Senso-ji, em Tokyo, funcionam assim: após o pagamento, retira-se uma varinha (gohei) de uma caixa de madeira. A varinha contém um número em japonês, e o papel da fortuna está dentro da gaveta correspondente. Muitos templos disponibilizam mensagens escritas em japonês. Mas em templos mais visitados por turistas (como nesse caso) é possível encontrar mensagens escritas em inglês. Dizem que o correto é levar a mensagem para casa. Muitos a colocam na carteira, principalmente quando o recado é positivo. Agora, quando a mensagem é negativa, deve-se amarrar o papel nos suportes ali disponíveis.

Mais adiante está o tão esperado e fotografado Senbon Torii, o longo corredor de torii vermelhos, que passa pelo meio da floresta do sagrado Monte Inari. Prepare suas câmeras!

Não se sabe o número exato, mas acredita-se que o corredor seja formado por mais de 30 mil torii, doados por pessoas ou empresas em busca de prosperidade nos negócios – o nome de cada doador e a data da doação encontra-se na parte de trás dos portões.

São aproximadamente 4 km de subida e costuma-se levar 2-3 horas para percorrer todo o caminho. Ao longo desse percurso há pequenos santuários e alguns restaurantes especializados na comida local, como Inari Sushi e Fox Udon. Para compensar a subida, dizem que a vista de Kyoto lá de cima é bem bonita. Não chegamos a conhecer.

Mas quem não tiver esse tempo ou disposição, saiba que é possível pegar trilhas e voltar a qualquer momento para a base da montanha.

E mesmo não indo até o final, consegue-se tirar lindas e exclusivas fotos do corredor, como foi o nosso caso.

Na volta paramos em uma barraquinha e aproveitamos para comer os famosos bolinhos de arroz com polvo (300 ienes). Bem gostosos!

Essa visita costuma demorar somente algumas horas. Por isso, recomendo reservar uma manhã do seu roteiro para conhecer esse que é um dos santuários mais visitados e fotografados de Kyoto!

Horário de funcionamento: durante todo o dia e noite, mas os amuletos são vendidos das 7 às 18h, diariamente.

Entrada gratuita.

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Para entrar ainda mais no clima de Kyoto, não deixe de ler as minhas dicas sobre dois ótimos ryokans, hospedagens típicas japonesas.

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