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Paisagens encantadoras das Lagunas Altiplânicas, Salar de Talar e Salar de Atacama

O passeio para as Lagunas Altiplânicas e Salar de Atacama é, sem dúvida, um dos mais bonitos – se não for o mais bonito – dos arredores de San Pedro de Atacama. Vale reservar um dia da viagem para fazer esse tour e conhecer as lindas paisagens do Deserto de Atacama, com seus inúmeros vulcões e lagoas de um azul inacreditável.

Por ser um dos destinos mais procurados, são várias as agências de turismo que oferecem esse passeio. Escolhi a Cosmo Andino Expediciones, e não me arrependi. O carro que nos levou era novo, o guia era super simpático e a comida oferecida no almoço era farta e muito boa.

Esse dia começou bem cedo: às 6:30h da manhã já estávamos no carro com o nosso café da manhã (dentro de uma sacolinha de papel) oferecido pelo hotel (importante escolher um bom hotel, pois nem todos dão esse mimo. Ficamos no La Casa de Don Tomás). Estando muito bem agasalhados (dependendo da época do ano, o frio pode ser bem intenso), após alguns minutos na estrada, fizemos a primeira parada: Salar de Atacama, dentro da Reserva Nacional los Flamencos. A entrada custa $ 2.500 pesos chilenos/pessoa e deve ser paga na hora.

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O Salar de Atacama é o terceiro maior do mundo, com 3.000Km² de extensão, perdendo apenas para o Salar de Uyuni, na Bolívia, e o Great Salt Lake, nos EUA. E apesar de não ser todo branco como o seu vizinho boliviano, é igualmente lindo por possuir uma superfície totalmente acidentada, resultado da alta evaporação das águas subterrâneas de intenso teor salino.

No meio de todos esses cristais de sal, encontramos a Laguna Chaxa, que é o local de acasalamento de flamingos mais acessível da Reserva. Três das cinco espécies existentes no mundo podem ser vistas por lá.

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Após um lanche oferecido ali mesmo, que incluía biscoitos, sanduíches e chá de coca, pegamos novamente a estrada rumo ao povoado de Socaire.

Socaire é um vilarejo com cerca de 400 habitantes, que fica a 3.000m de altitude, e que vive basicamente da agricultura. Seu principal patrimônio histórico é uma linda igreja colonial, com teto feito de madeira de cacto e terraços incas.

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Essa parada é geralmente curta – apenas para conhecer a igrejinha – e logo voltamos a pegar a estrada em direção às lagunas altiplânicas. A paisagem no caminho é realmente fantástica! Se você der sorte, ainda consegue ver lhamas, alpacas e vicunhas soltas pelo campo.

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Como estávamos com certo tempo, nosso guia resolveu sair do roteiro e nos levou para conhecer o Salar de Talar, que fica mais ao sul, na direção da fronteira com a Argentina. Esse lugar normalmente consta de um roteiro separado, apesar de poucas agências venderem esse passeio. Demos muita sorte do nosso guia ter tomado essa decisão – mais um ponto para a agência. Na minha opinião, essa foi a paisagem mais incrível do passeio!!

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Dica: procure saber com a agência escolhida se o Salar de Talar está incluído no roteiro! Vale muito à pena!! E vá preparado para o frio, pois o vento costuma ser gelado e muito intenso.

Após alguns minutos, voltamos para a estrada em direção às maravilhosas Lagunas Miscanti e Miñiques. Situadas a 4.195m de altitude, aqui o frio também costuma ser grande. Por isso, são essenciais um bom casaco e um gorro que proteja as orelhas! A entrada custa $ 2.500 pesos chilenos/pessoa e deve ser paga na hora.

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Ambas as lagunas apresentam uma água com um azul impressionante e são rodeadas por vulcões (dependendo da época do ano, cobertos de neve) e uma vegetação rasteira semelhante a pequenos tufos dourados (conhecida comopaja brava). As duas lagunas estão interligadas por um canal subterrâneo, e a Laguna Miñiques – bem menor do que a outra – recebe água de sua vizinha. É um visual de tirar o fôlego!

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O almoço foi servido ao lado da Laguna Miñiques. Incrivelmente, no meio desse paraíso, o guia preparou uma mesa com várias opções de comidas e quitutes: sopa instantânea + ovo cozido + picles + pão + queijo + atum + amendoim + passas. E estava tudo delicioso.

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Uma informação importante: nesse ponto onde é servido o almoço há disponibilidade de banheiros!

Após um tempo para tirar fotos e descansar do almoço, pegamos a estrada de volta. No caminho, a última parada: Toconao. Situado a 38km de San Pedro de Atacama, esse vilarejo está rodeado de água doce do Rio Toconao, e por isso, se tornou um grande produtor de frutas e hortaliças da região.

Na praça principal está localizada a Iglesia y Campanario de San Lucas. Datada de 1744, a igreja é toda construída em pedra vulcânica branca, extraída nos arredores.

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Ao redor da praça estão localizadas lojinhas de artesanato, com diversas opções de lembrancinhas, casacos e roupas feitas com lã de lhama e alpaca. Apesar de não ser um lugar muito bonito, vale aproveitar o tempo por ali para observar a vida dos seus moradores.

Nós, por exemplo, aproveitamos para conversar com uma senhora que era dona de uma loja de artesanato e confeccionava casacos no quintal de sua casa com a lã de sua própria lhama. Foi bem interessante.

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Lá pelas 17h estávamos de volta ao vilarejo de San Pedro de Atacama. Que dia maravilhoso!

Para finalizar, uma foto com o nosso guia, super gente fina!

Lagunas.

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