O programa perfeito para um dia de sol no Rio: Prainha e almoço no Bira de Guaratiba

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outubro 9, 2016

Na sexta-feira santa, em pleno feriado de Páscoa, me preparei para um programa que não fazia há muitos anos: passar o dia na Prainha, considerada uma das praias mais bonitas do Rio de Janeiro. E aproveitando que estava muito perto, conciliei o passeio com um delicioso almoço no restaurante Bira de Guaratiba, especializado em frutos do mar. Que maravilha de programa!

Localizada na zona oeste do Rio, entre os bairros do Recreio dos Bandeirantes e Grumari, a Prainha é um lugar ainda preservado, com areias claras e águas cristalinas próprias para o banho. Como o nome já diz, é uma praia pequena, com aproximadamente 700 metros de extensão, sem construções ou comércio ao redor.

A praia faz parte do Parque Natural Municipal (PNM) da Prainha, que está inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) de mesmo nome. Cercada pelos morros do Caeté e da Boa Vista e a Pedra dos Cabritos, é um pedacinho de areia em meio a muito verde. Linda! Desde 2012, o PNM da Prainha conta com o Bandeira Azul, da ONG Foundation For Environmental Education (Fundação para a Educação Ambiental), uma certificação internacional concedida a praias e áreas costeiras que cumprem 33 exigências divididas em quatro temas: educação e informação ambiental, qualidade da água do mar, segurança e gestão ambiental.

Chegar até ela não é muito fácil. Para se ter uma ideia, em um dia sem trânsito, de Botafogo até lá, o percurso dura aproximadamente 1 hora. A única via de acesso é a Avenida Estado da Guanabara, pela qual não passa ônibus. De carro, o problema é outro: onde estacionar. Isso porque desde o ano passado, o acesso a carros passou a ser controlado de 7h às 19h, e se não houver vagas nos estacionamentos delimitados – para cerca de 800 veículos – o caminho é bloqueado desde a Praia da Macumba, e os carros que estiverem parados irregularmente estarão sujeitos à multa e reboque.

No dia em que fomos, o acesso à praia estava aberto, mas os estacionamentos mais próximos já estavam lotados. Conseguimos uma vaga na área do Mirante do Roncador, e seguimos à pé pela estrada, que é muito bonita e conta com vários mirantes e locais estratégicos para lindas fotos.

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Uma das paisagens incríveis que se tem da estrada é o visual para a Praia do Secreto (escondida em meio a paredões rochosos e o mar, com uma espécie de piscina natural) e mais ao fundo, a Praia da Macumba e a Pedra do Pontal (sim, aquela mesma da famosa música do Tim Maia “Do Leme ao Pontal”).

A vista para a Prainha também já dá uma ideia da beleza de lugar que você irá encontrar mais adiante.

Diferentemente do que se vê nas praias da zona sul da cidade ou mesmo na Barra da Tijuca, a Prainha oferece uma infraestrutura reduzida, com poucos quiosques e vendedores de bebidas e biscoitos. Para quem curte uma praia vazia e tranquila, esse é o lugar perfeito! Basta levar o seu cantil cheio d’água e alguns petiscos. No final, não esqueça de levar todo o lixo com você!

O mar costuma ser bem agitado. Com boas ondas para o surf, não é à toa que essa é a praia preferida dos surfistas e palco de vários campeonatos do esporte.

Placas educativas trazem informações sobre o ecossistema de restinga e a importância de sua conservação. Uma rampa de acessibilidade construída em madeira permite que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida se desloquem até a areia.

Desde 2001 a praia conta com um centro de visitantes do PNM da Prainha, com banheiros públicos e duchas para banhistas. Ideal para finalizar um dia na praia!

Saímos da praia por volta das 16h e seguimos em direção à Barra de Guaratiba para conhecer o famoso restaurante Bira de Guaratiba. Da Prainha até lá, basta seguir pela Avenida Estado da Guanabara em direção a Grumari e depois à Barra de Guaratiba. Uma vez em Guaratiba, recomendo usar o aplicativo do Waze para facilitar a busca pelo endereço. Se preferir, basta parar qualquer pessoa pelo caminho e ela certamente saberá te explicar como encontrar esse conhecido lugar.

O restaurante fica localizado no alto de uma ladeira, em uma casa sem qualquer placa ou letreiro na porta. Com uma decoração rústica, com quadros e objetos de inspiração marinha, as mesas de madeira ficam espalhadas pelo deck e pela varanda da casa.

O visual para o manguezal da região e para a restinga de Marambaia é maravilhoso! De quebra, quem tiver sorte, ainda pode se deslumbrar com um lindo pôr-do-sol.

O cardápio do restaurante é restrito a peixes e frutos do mar em geral, e a especialidade da casa são as diferentes moquecas e caldeiradas. O lugar também é famoso por suas deliciosas caipirinhas de frutas.

Seguindo a dica do garçom, para começar pedimos uns pastéis de siri e de camarão (R$ 6 a unidade). Estavam tão gostosos que acabamos pedindo uma segunda rodada. Para acompanhar, optamos pelas caipirinhas de kiwi, limão e maracujá (R$ 22 cada). Deliciosas!

De prato principal, escolhemos o mais famoso da casa: moqueca mista, que vem com linguado, robalo, cação, polvo, camarão, lula e muitos mariscos, acompanhada de arroz e farofa de dendê. Perfeita! Como estávamos em um grupo de 6 pessoas, pedimos uma porção e meia, e foi o tamanho suficiente (R$ 250 a inteira). Terminamos o almoço bastante satisfeitos.

O restaurante é mesmo muito agradável, ideal para um programa pós Prainha. Vá preparado para a fila de espera, que dependendo do dia pode ser bastante desanimadora. Mas não desista! Pode ter certeza que cada minuto de espera será recompensado pela maravilhosa comida. Não é por menos que o restaurante já foi considerado um dos 101 melhores lugares para comer no planeta na avaliação da revista americana “Newsweek”.

Saímos tão satisfeitos com a experiência que certamente voltaremos muito em breve!