Remanso do Bosque: inovação da culinária paraense

Ocupando a 34ª posição na lista dos 50 Melhores Restaurantes da América Latina publicada pela William Reed Business Media, Remanso do Bosque é outro point obrigatório para quem está visitando Belém e pretende saborear a famosa culinária paraense. Comandado pelos irmãos Felipe e Thiago Castanho, crias da família à frente do tradicional Remanso do Peixe, o restaurante se destaca por oferecer deliciosas opções de pratos amazônicos, tanto os tradicionais quanto suas versões contemporâneas.

Assim que fechei minha viagem para Belém, tratei logo de fazer uma reserva para conhecer o tão falado Remanso do Bosque. Aberto em 2011, o restaurante segue o legado gastronômico da família Castanho, que mantém há 12 anos o Remanso do Peixe, e a cada ano conquista mais fãs e acumula mais prêmios.

Localizado numa casa em frente ao Bosque Rodrigues Alves, exibe um ambiente com decoração moderna, bem diferente do outro Remanso.

Fomos preparados para experimentar o menu-degustação, com oito pratos, mas infelizmente nos informaram que desde novembro/2014 essa opção não está mais sendo oferecida. O restaurante está passando por uma reforma, e o menu-degustação passará a ser servido em breve em outro ambiente, mais exclusivo.

Por esse motivo, escolhemos algumas opções de entrada, prato principal e sobremesa do cardápio, que é fixo e apenas uma parte varia de acordo com a sazonalidade.

Alguns itens são os mesmos apresentados no Remando do Peixe. Para experimentarmos algo diferente, seguimos a dica do garçom – por sinal, muito simpático – e escolhemos de entrada bolinhos de queijo coalho com tapioca, servidos com melaço de cana. Deliciosos!

De prato principal, são oferecidas várias opções que servem duas pessoas. Mas ao ler a descrição de cada prato, nossa vontade era de pedir um pouquinho de cada um! Dava água na boca. Por isso, decidimos escolher dois pratos diferentes: pirarucu defumado ao leite de coco com banana da terra frita e castanha do Pará; e arroz de pato paraense, cozido com tucupi, jambu, castanhas e temperos do Pará. Maravilhosos!

Claro que dividimos tudo.

Para a sobremesa, optei pela famosa mousse de chocolate com nibs de semente de cacau da Ilha do Combú, doce de cupuaçu e crumble de chocolate, que vem servida em um vasinho de barro com uma pá!

O Alexandre escolheu a panna cotta de baunilha amazônica com calda de cupuaçu e paçoca de rapadura. Tudo espetacular!

Além do sabor, há uma preocupação muito grande com a apresentação dos pratos. Mesmo não sendo um restaurante muito barato, esses detalhes fazem com que você se sinta mais confortável em pagar caro pelo que lhe é oferecido.

Para acompanhar nosso jantar, escolhemos um vinho rosé. Mas, para quem gostar, vale experimentar uma das caipirinhas com frutas locais preparadas pela casa. Ouvi dizer que a de cupuaçu é imperdível!

Depois do jantar maravilhoso, fomos parabenizar o Thiago pessoalmente, que foi super simpático e fez questão de nos mostrar cada detalhe da cozinha do restaurante.

Na saída, uma pequena loja vende compotas produzidas na casa, queijo de búfala de Marajó, cachaça com jambu e a publicação “A Cozinha de Origem”, do chef Thiago Castanho, lançada tanto no Brasil quanto no exterior.

É possível experimentar um pouquinho de cada produto oferecido, o que acaba te dando ainda mais vontade de levar tudo para casa. Eu comprei várias compotas e cachaças.

Que delícia de programa!

Endereço: Travessa Perebebuí, 2350 – em frente ao Bosque Rodrigues Alves – Marco

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