Mangal das Garças: natureza, diversão e boa comida em um só lugar

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outubro 1, 2016

Inaugurado em janeiro de 2005, o Parque Naturalístico Mangal das Garças está localizado às margens do Rio Guamá, em pleno centro histórico de Belém. Com diversas atrações e uma agradável área verde, esse é o lugar ideal para se passar um dia na capital paraense. Além do espaço ao ar livre, possui quiosques de alimentação, uma lojinha e um restaurante com um clima simpático e uma comida bem gostosa, o Manjar das Garças.

Situado no entorno do Arsenal da Marinha, o Mangal das Garças trouxe uma grande mudança para essa região onde antes era uma área alagada com extenso aningal. A transformação aproveitou ao máximo as condições paisagísticas do local, e reforçou as diferentes macrorregiões florísticas do Pará: as matas de terra firme, as matas de várzea e os campos. Com uma grande variedade de atrações, o Mangal logo se tornou um dos principais pontos turísticos da cidade.

Logo que chegamos ao Mangal, por volta das 15h, fomos direto almoçar no Restaurante Manjar das Garças. Localizado no pavilhão central, apresenta uma decoração muito simpática, bem integrada com a paisagem do local. Para o período do almoço, servem um buffet variado com música ao vivo; para o jantar, é serviço à la carte. O valor do buffet é de R$ 65,00/pessoa, sem bebidas (valor em abril/15).

Preferimos sentar do lado de fora, por estar mais vazio e silencioso, e também para aproveitar a paisagem para o jardim.

O buffet é bastante variado e apresenta alguns pratos com ingredientes da culinária paraense. Tudo muito gostoso, especialmente as sobremesas que incluíam pudim de cupuaçu e doce de castanha com bacuri. Para beber, pedimos uma cerveja local: Forest Bacuri, da Amazon Beer. Deliciosa!

O bom de buffet é que o serviço é mais rápido. Com isso, em pouco tempo pudemos continuar a nossa visita ao Mangal.

O segundo ponto a ser visitado foi o Mirante do Rio, uma passarela de madeira de 100 metros sobre a várzea, que proporciona uma linda vista do Rio Guamá e do aningal (plantas aquáticas).

Importante destacar que a entrada para o Mangal é franca. Somente o estacionamento é pago e custa o preço de R$5,00/hora.

Mas para quem quiser conhecer alguma das quatro grandes atrações do lugar, deverá pagar pelo ingresso. São elas: um borboletário, um viveiro de pássaros, o Farol de Belém (mirante de 47 metros) e o Memorial Amazônico da Navegação (com antigas embarcações). O passaporte que dá acesso a todas as quatro áreas custa R$ 15,00/pessoa. Cada atração separada custa R$ 5,00/pessoa.

Como já estava tarde, escolhemos conhecer somente duas das quatro atrações: o viveiro e o Farol de Belém. Uma pena que não fomos no borboletário (o maior de todo o país), mas como informado pelo próprio funcionário, à tarde as borboletas não ficam tão visíveis – portanto, se você quiser vê-las, chegue mais cedo.

O Viveiro das Aningas, ou Viveiro dos Pássaros, é uma área cercada por uma tela, onde o visitante pode apreciar várias espécies de aves locais. Não é um espaço muito grande, e deve-se tomar cuidado para não ser acertado por alguma das aves pousadas do lado de fora da tela. É um passeio rápido, mas interessante para acompanhar mais de perto o comportamento de algumas espécies de aves amazônicas.

Principal atração do Mangal, a torre com 47 metros de altura do Farol de Belém proporciona um visual incrível da cidade. Apesar de oferecer dois níveis de observação, quando fomos só havia uma opção, e o elevador nos levou direto para o último nível.

A 27 metros de altura, a vista lá de cima é mesmo impressionante. Consegue-se ver a parte histórica de Belém e a amplidão do Rio Guamá. Muito lindo! Agora, uma dica importante para as mulheres: não vá de saia, pois o vento lá em cima costuma ser bem forte e pode chegar a encurtar a visita (como foi o meu caso).

Para quem gosta de uma lojinha como eu, vale conhecer o Armazém do Tempo, que é um antigo galpão de ferro pertencente à Empresa de Navegação da Amazônia (ENASA), usado no passado como oficina para reparo de embarcações, que foi restaurado e hoje serve como espaço para exposições e loja de artesanato. Uma graça!

Antes de ir embora, demos uma última volta pelos jardins do Mangal, que além dos lagos e dos espaços para lazer, possui um orquidário com espécies amazônicas.

Para quem tiver mais tempo, recomendo ficar para ver o pôr-do-sol do Mirante do Rio. Apesar de ter ido embora antes, fiquei com a sensação da vista ser bem bonita!