Uma manhã nos sítios arqueológicos Pukara de Quitor e Aldea de Tulor

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setembro 9, 2016

A visita aos sítios arqueológicos Pukara de Quitor e Aldea de Tulor pode ser feita em apenas meio período do dia. Por estarem localizados muito próximos ao povoado de San Pedro de Atacama, chegar a ambos os sítios é tranquilo, seja de carro ou de bicicleta. Há ainda a possibilidade de se chegar à pé, mas isso toma mais tempo, e dependendo da época do ano, pode ser bem cansativo devido às altas temperaturas.

Decidimos fazer ambos os passeios de uma só vez, indo de carro com a agência Turistour. É o que eles chamam de “Tour Arqueológico“. Escolhemos fazer pela manhã, e às 9h o carro da agência já nos esperava na porta do hotel.

A primeira parada foi Pukara de Quitor, que fica situado 3 km ao norte de San Pedro de Atacama. Declarada Monumento Nacional em 1982, a estrutura é uma antiga fortaleza inca construída no século 12 para proteção de invasões inimigas. Sua construção foi estrategicamente posicionada na encosta de uma montanha e conta com um barranco na sua parte posterior que dá para o Rio San Pedro. De origem quéchua, pukara significa “fortaleza”.

A visita consiste na exploração dessas ruínas pré-colombianas, o que significa subir à pé a fortaleza de pedras, que tem ao todo 80 metros – dica importante: vá com um sapato confortável e leve um chapéu!

As ruínas não chegam a impressionar. A sinalização não é das melhores, e quando fomos (set/2013), o museu estava em obras. Mas ainda assim, valeu subir até o final pela vista incrível que se tem da região lá de cima.

Deve-se ter muito cuidado com os penhascos, pois geralmente a proteção é fraca, ou simplesmente não existe (como a singela placa que aparece na terceira foto). Eu, que tenho pavor de altura, não cheguei nem perto das beiradas.

E para finalizar o passeio, a recompensa: um visual espetacular do vale com o Rio San Pedro.

Após uma hora por ali, continuamos nosso tour em direção à Aldea de Tulor, que fica localizada 10 km ao sul de San Pedro de Atacama, dentro da Reserva Nacional Los Flamencos. A aldeia é um dos sítios arqueológicos mais antigos da região norte do Chile. As ruínas das casas de adobe encontradas em Tulor datam de 800 a.C. a 50 d.C.

Logo na entrada do sítio arqueológico, visitamos um pequeno museu que conta a história da região. Em seguida, caminhamos em direção às ruínas desse impressionante sítio, que durante muitos anos permaneceu soterrado por camadas de areia.

Para mim, esse foi um dos passeios mais interessantes em termos de história da ocupação da região.

Dos 5.700 km² que se acredita ter sido a aldeia, apenas 7% está aberto para visitação.

Do alto de passarelas podem ser observadas as ruínas das casas de adobe construídas de forma circular, interconectadas entre si. Réplicas dessas casas podem ser visitadas no próprio local.

No caminho encontramos várias placas identificando um arbustinho como Rica-Rica. Rica-Rica (Acantholippia deserticola) é uma planta muito utilizada localmente. Ao esfregar suas folhas com força entre as mãos e posteriormente cheirá-la, atua melhorando o mal estar causado pelas altas altitudes. Também é utilizada na culinária local (o sorvete de Rica-Rica é uma delícia! Vale experimentar!).

Após uma hora de visita pelo sítio, nos serviram um lanche com frutas e comidas típicas da região. No lugar havia uma criação de lhamas, que renderam ótimas fotos.